Vendas diretas no agro devem dobrar em 2025

O modelo de vendas diretas vem ganhando espaço no agronegócio brasileiro e deve crescer ainda mais em 2025. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), esse setor cresceu mais de 100% em 2024, impulsionado pela personalização no atendimento e pela eliminação de intermediários na cadeia de suprimentos do agro.

Atualmente, cerca de 3,5 milhões de brasileiros atuam com vendas diretas, movimentando mais de R$ 47 bilhões por ano. No agronegócio, esse modelo de negócio tem se consolidado como uma alternativa vantajosa tanto para fornecedores quanto para produtores, garantindo acesso a insumos de qualidade com melhor custo-benefício.

A Produce, pioneira nesse segmento, tem sido um dos principais motores desse crescimento. Criada em Chapecó (SC), a empresa já conta com mais de 10 mil consultores espalhados pelos principais estados produtores do país. Seu portfólio inclui mais de 600 produtos, entre sementes, fertilizantes, defensivos, produtos veterinários e seguros agrícolas, todos comercializados diretamente com os produtores.

Segundo Guilherme Trotta, cofundador da Produce, o crescimento exponencial das vendas diretas no agro tem sido impulsionado pela relação de confiança estabelecida entre consultores e produtores. “Nosso modelo aproxima quem produz de quem consome, eliminando barreiras e otimizando os custos. Em 2024, nosso número de consultores dobrou e as vendas cresceram 30%. Em 2025, a expectativa é que o volume de negócios dobre”, afirma.

Além de aumentar a rentabilidade dos produtores, a venda direta tem se mostrado uma oportunidade de trabalho promissora. Jovens e profissionais experientes estão aderindo ao modelo por conta da flexibilidade e potencial de ganhos. Pesquisa da ABEVD indica que 53,5% dos profissionais do setor têm entre 18 e 29 anos, muitos ingressando no agro por meio desse formato de negócio.

Thiago Oliveira, de 23 anos, entrou no mercado aos 19 e hoje atua como consultor da Produce na região de Açailândia (MA). “Comecei conciliando com os estudos, mas percebi que a venda direta poderia se tornar minha principal fonte de renda. O contato direto com os produtores torna o trabalho muito dinâmico”, conta.

Já o veterinário Evandro Neiva, de 61 anos, viu na venda direta uma forma de continuar ativo no mercado. Atuando na região de Anápolis (GO), ele diversificou sua atuação vendendo sementes de sorgo e milho, além de produtos veterinários. “Com a minha experiência e rede de contatos, consegui construir um negócio rentável e sem a necessidade de intermediários”, relata.

O crescimento desse modelo reforça o potencial de inovação no agronegócio e aponta para um futuro onde a relação direta entre produtores e fornecedores se fortalece cada vez mais.

Fonte: Conectei
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Pedro Luciano

Writer & Blogger

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